quarta-feira, 14 de março de 2012

Egoísmo

Uma certa excessiva vaidade, pretenção, orgulho, presunção. Uma noção errônea de que o mundo gira ao seu redor.
Raul Seixas disse um dia: "Ponho sempre a culpa no mundo por meus atos.". Como se já não bastasse o mundo tão imperfeito do jeito que é, ainda ser culpado das ações de medíocres seres humanos. E aqui não esqueço do gênio musical que era Raul, um dos meus cantores preferidos, me refiro à medíocridade que todo ser humano tem e parece que não faz esforço para não ter. Afinal, culpemos o mundo por nossos atos!
Maquiavel, com todas as suas ações "maquiavélicas", disse algo que não vou me importar em repetir, com as devidas aspas:
"Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela.". Egoísmo se cura com egoísmo, mas isso nenhum cantor, nem príncipe disse... então deixo aqui a minha contribuição fraseada.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Histórias

Cada pinga e cerveja tem uma história e se não tem, pelo menos tem a lembrança das pessoas que beberam com você. Os goles que você deu sozinho também tem uma história, sempre.
Essa questão de "história" é meio louca. Você já pensou se faz parte da história de alguém? Já se deu conta de quantas pessoas fazem parte da sua história? Dessas pessoas, quantas você queria que realmente estivessem na sua história? E quantas pessoas você queria que estivessem na sua história, assim como na sua vida?
Já pensou nisso? Eu estaria entre elas, mesmo depois de lembrar do seu passado e das suas histórias?

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sobre seres humanos e Megazords...

Coisa mais estranha que o ser humano faz é depositar sua confiança em outro ser humano.
Nós mesmos sabemos todos os nossos defeitos, todos os pequenos deslizes que Deus ou o Big-Bang esqueceu de nos tirar. Então como confiar em outro ser humano passível dos mesmos erros que você? Acredito que seja porque a gente espera, lá no fundo, que a pessoa seja na verdade um Megazord dos Power Rangers e te salve de todas as maldades do mundo e daqueles monstros estranhos com máscaras bizonhas, aí você confia nela incondicionalmente.
Mas aí, surge um Megazord maior e mais forte e acaba com a cidade inteira, mesmo sendo o Japão uma cidade tão fácil de se reerguer.(Acho que confundi com o Jaspion, né, retomando...)
Quando tudo que o ser humano precisa é confiar em si. Confiar que vai conseguir, confiar que vai esquecer, confiar que vai achar, confiar que o mais importante é confiar em si mesmo.

Confiança no dicionário:
"Esperança firme em alguém, em alguma coisa: ter confiança no futuro.
Sentimento de segurança, de certeza, tranqüilidade...
Dar confiança, dar importância a alguém, permitir intimidade."

Confiança está sempre ligado á tranquilidade, perceberam?
E quer coisa mais tranquila que saber que você, mesmo sendo um tipo meio maluco, jamais mataria um animal, por exemplo? Só você sabe disso. Ou você acha que uma pessoa que te vê ficando bêbado por aí e com uma tatuagem de caveira escrito "O Demônio é Rei" acredita que você é uma pessoa boa? Ainda tem aquela coisa toda do preconceito, a pessoa olha pra você, vê como está vestido e acha que te conhece e sabe tudo sobre você. Não, não sabe, só quem sabe é você. Porque só você sabe que lá quando você tinha, sei lá, uns 6 anos, perdeu o seu cachorrinho atropelado e Demônio era o nome dele porque você achava engraçado sem saber o significado, mesmo que sua mãe tenha sido contra.

Você larga tudo, faz a tatuagem, fica esperando o seu Megazord no Japão(Voltei com o Jaspion...) e confia em alguém. Ou em alguéns, algumas, alguns.
Esperando a salvação você acredita até que aquela pessoa pode trazer o Demônio de volta, pobre Demônio...
Você confiou. E confia até hoje no Megazord.
Ele é de material resistente, mas você lembra como era no seriado? Às vezes vinha um monstro do mal, das profundezas do nada e a luta começava.
Em geral o Megazord ganha, até porque fomos criados num mundo em que as Princesas são adormecidas, belas, levam maçãs pra vovó enquanto o lobo não vêm, tem cabelos enormes e são perfeitas.
No fundo a gente bem sabe como é o mundo real, mas não vamos contar para as crianças, ok? A Cinderela precisa do dinheiro dos filmes...

Conclusão: Você fica aí lutando pra ser Megazord de alguém ou achar o seu Megazord, já tentou ser um ser humano e confiar em si?
Só a gente pode salvar a gente de si mesmo, dos outros ou dos monstros das profundezas do nada.
Trazer o Demônio de volta? Ninguém vai conseguir e você vai precisar aceitar isso.
O que não dá pra aceitar é você querer achar nos outros o que não há em você.
Quando conseguir, me ensina?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Verdades


Eu não queria fazer isso. Só fiz porque não tive opção. Ele estava lá, eu também, quando percebemos, aconteceu. Pensei em você o tempo todo, por isso foi tão bom. Eu sei, desculpa, não deveria ter dito que foi bom, mas foi. E foi porque via você em cada posição, em cada suor, em cada gemido e puxada de cabelo ou pelo menos em grande maioria delas. Não era ele, era você. E por isso aconteceu. O quê? Não, não estou mentindo. Acredita em mim. Só tenho vontade de fazer sexo com você. Porque fiz com ele? Ué, estou te explicando: porque não era ele, era você. Assim como você, ele fingiu que me amava, me levou pra jantar, me deu flores, escolheu a melhor suíte, mas diferente de você, afagou meus cabelos antes de puxá-los com força e acariciou meu corpo antes de se apossar dele, sem nenhuma objeção.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Kriptonita





Ela era daquelas que, sem esforço nenhum, era diferente. Gostava de ser diferente, não queria ser só mais uma. E não era.
Ela era do tipo que de olhos fechados se confia, passa verdade nas palavras. Com um abraço dá a certeza de que o cara é especial. E muitos abraços ela distribuiu.
Todos que passaram em sua vida foram especiais. Cada um de um jeito, por motivos específicos.

O primeiro era o tipo "badboy", aos 14 anos. Normal, toda garota, mesmo uma que seja diferente, se apaixona pelo típico homem-que-você-tem-certeza-que-vai-te-fazer-sofrer-mas-mesmo-assim-fica-com-ele. Ficou com ele até ele a trair, na frente de todo mundo com a desculpa "Você é muito nova, me falta sexo". Típico.
O segundo, um grande amigo, só se envolveu porque ele a ajudou a curar as dores do "badboy". Coitado.
O terceiro, ah, o terceiro. Decisivo. Primeiro homem dela, ela, primeira mulher dele. Primeira namorada, primeira companheira, primeira conselheira. Tão conselheira que o aconselhou a esquecê-la.
O quarto, tudo que sua mãe queria. Tudo que ela não procurava.

Semelhanças entre eles? Só uma: Todos a amavam. Cada um de um jeito, por motivos específicos, assim como anteriormente lhes falei...

E quando ela jogou tudo pro ar e resolveu ser uma frigideira sem tampa, uma laranja sem metade, Yoko Ono sem John Lennon, Buchecha sem Claudinho, ele apareceu.
Uma mistura de todos os 4 seres que ela aprendeu a amar.

Ela se viu em cada conselho que dava às suas amigas sobre relacionamentos: "Se não há confiança fica complicado qualquer relacionamento". "Tá na cara que isso não vai dar certo!".. "Sai dessa..". E quando deu por si estava se aconselhando com conselhos datados, mas talvez com uma certa importância.
Complicado para nossa heroína.
Assim como Mulher-Maravilha, Elektra, Mulher-gato, ela precisa de um herói. Afinal heroínas também choram, por mais fortes que pareçam ser.
Nesse caso a kriptonita é o amor...Capaz de acabar com qualquer Super-homem.
Quem terá coragem de salvá-la?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

4 letras, 2 palavras

Suor.Sussuros.Volúpia.Respiração.Olhares.Banho.Corposmolhados.Carinhos.Arranhões.Mordidas.Puxadasdecabelo."Cachorra".Pensamentos.Promessas.Posições.Verdades.Cansaço.Passarporcimadocansaço.Caras.Bocas.Gestos.Força.Muitaforça.Vontade.Vontadequenãoacaba.Sexo.Amor.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sobre degraus, corações e juventude

Ela era tímida, acostumada a ter seus livros como amigos.
Ele não, usava os livros como degraus para alcançar no topo da estante, as garrafas de whisky do pai para embriagar-se e aos seus amigos na beira de sua linda piscina.
Como em qualquer história de jovens, ela se interessa por ele, afinal era o mais interessante do 3º ano daquele colégio.
Ele, como deveria de ser, nem a conhece. Aliás, até a viu na vez que ela deixou cair o seu almoço e fez um barulho no refeitório. Aquele barulho de pratos caindo no chão e lágrimas caindo com eles.

Ela agora curte sua vida com as amigas após 15 anos desde o incidente. Feliz e bonita. A felicidade a deixa com um brilho ofuscante na pele, nos olhos, em seu corpo. E ele?
Ele ainda usa os livros, as pessoas e corações como degraus para conseguir algo mais que não seja só um whisky de seu pai.