Há cada pessoa nova, há cada lugar novo, há sempre algo para contar. Sempre há um conto em cada canto.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Verdades
Eu não queria fazer isso. Só fiz porque não tive opção. Ele estava lá, eu também, quando percebemos, aconteceu. Pensei em você o tempo todo, por isso foi tão bom. Eu sei, desculpa, não deveria ter dito que foi bom, mas foi. E foi porque via você em cada posição, em cada suor, em cada gemido e puxada de cabelo ou pelo menos em grande maioria delas. Não era ele, era você. E por isso aconteceu. O quê? Não, não estou mentindo. Acredita em mim. Só tenho vontade de fazer sexo com você. Porque fiz com ele? Ué, estou te explicando: porque não era ele, era você. Assim como você, ele fingiu que me amava, me levou pra jantar, me deu flores, escolheu a melhor suíte, mas diferente de você, afagou meus cabelos antes de puxá-los com força e acariciou meu corpo antes de se apossar dele, sem nenhuma objeção.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Kriptonita
Ela era daquelas que, sem esforço nenhum, era diferente. Gostava de ser diferente, não queria ser só mais uma. E não era.
Ela era do tipo que de olhos fechados se confia, passa verdade nas palavras. Com um abraço dá a certeza de que o cara é especial. E muitos abraços ela distribuiu.
Todos que passaram em sua vida foram especiais. Cada um de um jeito, por motivos específicos.
O primeiro era o tipo "badboy", aos 14 anos. Normal, toda garota, mesmo uma que seja diferente, se apaixona pelo típico homem-que-você-tem-certeza-que-vai-te-fazer-sofrer-mas-mesmo-assim-fica-com-ele. Ficou com ele até ele a trair, na frente de todo mundo com a desculpa "Você é muito nova, me falta sexo". Típico.
O segundo, um grande amigo, só se envolveu porque ele a ajudou a curar as dores do "badboy". Coitado.
O terceiro, ah, o terceiro. Decisivo. Primeiro homem dela, ela, primeira mulher dele. Primeira namorada, primeira companheira, primeira conselheira. Tão conselheira que o aconselhou a esquecê-la.
O quarto, tudo que sua mãe queria. Tudo que ela não procurava.
Semelhanças entre eles? Só uma: Todos a amavam. Cada um de um jeito, por motivos específicos, assim como anteriormente lhes falei...
E quando ela jogou tudo pro ar e resolveu ser uma frigideira sem tampa, uma laranja sem metade, Yoko Ono sem John Lennon, Buchecha sem Claudinho, ele apareceu.
Uma mistura de todos os 4 seres que ela aprendeu a amar.
Ela se viu em cada conselho que dava às suas amigas sobre relacionamentos: "Se não há confiança fica complicado qualquer relacionamento". "Tá na cara que isso não vai dar certo!".. "Sai dessa..". E quando deu por si estava se aconselhando com conselhos datados, mas talvez com uma certa importância.
Complicado para nossa heroína.
Assim como Mulher-Maravilha, Elektra, Mulher-gato, ela precisa de um herói. Afinal heroínas também choram, por mais fortes que pareçam ser.
Nesse caso a kriptonita é o amor...Capaz de acabar com qualquer Super-homem.
Quem terá coragem de salvá-la?
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
4 letras, 2 palavras
Suor.Sussuros.Volúpia.Respiração.Olhares.Banho.Corposmolhados.Carinhos.Arranhões.Mordidas.Puxadasdecabelo."Cachorra".Pensamentos.Promessas.Posições.Verdades.Cansaço.Passarporcimadocansaço.Caras.Bocas.Gestos.Força.Muitaforça.Vontade.Vontadequenãoacaba.Sexo.Amor.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Sobre degraus, corações e juventude
Ela era tímida, acostumada a ter seus livros como amigos.
Ele não, usava os livros como degraus para alcançar no topo da estante, as garrafas de whisky do pai para embriagar-se e aos seus amigos na beira de sua linda piscina.
Como em qualquer história de jovens, ela se interessa por ele, afinal era o mais interessante do 3º ano daquele colégio.
Ele, como deveria de ser, nem a conhece. Aliás, até a viu na vez que ela deixou cair o seu almoço e fez um barulho no refeitório. Aquele barulho de pratos caindo no chão e lágrimas caindo com eles.
Ela agora curte sua vida com as amigas após 15 anos desde o incidente. Feliz e bonita. A felicidade a deixa com um brilho ofuscante na pele, nos olhos, em seu corpo. E ele?
Ele ainda usa os livros, as pessoas e corações como degraus para conseguir algo mais que não seja só um whisky de seu pai.
Ele não, usava os livros como degraus para alcançar no topo da estante, as garrafas de whisky do pai para embriagar-se e aos seus amigos na beira de sua linda piscina.
Como em qualquer história de jovens, ela se interessa por ele, afinal era o mais interessante do 3º ano daquele colégio.
Ele, como deveria de ser, nem a conhece. Aliás, até a viu na vez que ela deixou cair o seu almoço e fez um barulho no refeitório. Aquele barulho de pratos caindo no chão e lágrimas caindo com eles.
Ela agora curte sua vida com as amigas após 15 anos desde o incidente. Feliz e bonita. A felicidade a deixa com um brilho ofuscante na pele, nos olhos, em seu corpo. E ele?
Ele ainda usa os livros, as pessoas e corações como degraus para conseguir algo mais que não seja só um whisky de seu pai.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Amor ateu
Às vezes não tem como não acreditar em Deus.
Fica difícil acreditar que por mero detalhe duas pessoas que não se procuravam, se encontram e pareça que sempre se procuraram.
Quando tudo se encaixa tão bem e até completar o pensamento do outro se torna hábito, é difícil não pensar na força divina.
A crença no encontro por acaso é mais cômodo do que o medo de acreditar que aquela pessoa pode ter sido feita para você. É uma grande responsabilidade encontrar com o que não se procura e descobrir que encontrou o certo para você.
Dá um medo, mas o medo também não é divino?
Fica difícil acreditar que por mero detalhe duas pessoas que não se procuravam, se encontram e pareça que sempre se procuraram.
Quando tudo se encaixa tão bem e até completar o pensamento do outro se torna hábito, é difícil não pensar na força divina.
A crença no encontro por acaso é mais cômodo do que o medo de acreditar que aquela pessoa pode ter sido feita para você. É uma grande responsabilidade encontrar com o que não se procura e descobrir que encontrou o certo para você.
Dá um medo, mas o medo também não é divino?
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